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O mais simples dos procedimentos está na base do treinamento de equipes de limpeza

Acesso a instalações de higiene das mãos e mais áreas de lavagem das mãos podem ajudar a melhorar a higiene das mãos nos cuidados de saúde, de acordo com pesquisadores.

E o aumento do conhecimento sobre os procedimentos de higiene das mãos, além de um bom exemplo dado pela equipe sênior podem fazer toda a diferença.

Uma equipe na Irlanda analisou diversos estudos em todo o mundo em higiene das mãos para determinar uma lista de razões para a baixa adesão em hospitais. De acordo com o pesquisadora-chefe Maura Smiddy, fatores motivacionais para a lavagem das mãos incluem influências sociais e auto-proteção.

Os profissionais de saúde foram orientados para seguir o protocolo de higienização das mãos mais de perto, quando havia um risco pessoal envolvido, como quando eles estavam manipulando fluidos corporais ou tratamento de um paciente com MRSA – infecção/colonização pelo Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) que é endêmica e/ou epidêmica nos ambientes hospitalares. Estas infecções são de difícil tratamento (tratadas apenas com glicopeptídeos ou oxazolidinonas) e causam considerável aumento na morbidade e na mortalidade dos pacientes infectados. O controle da disseminação hospitalar desta bactéria é possível e depende, fundamentalmente, da conscientização da equipe de saúde.

Pessoal médico júnior e estudantes de medicina e enfermagem, também tendiam a seguir o exemplo dos médicos seniores quanto à higiene das mãos. E ‘sinais’ de higiene das mãos, tais como a disponibilização de dispensadores de desinfectante de mãos teve um impacto positivo sobre o cumprimento, os pesquisadores notaram. No entanto profissionais de saúde foram menos propensos a lavar as mãos em situações de risco de vida por medo de atrasar a sua resposta a um apelo urgente para tratamento.

“Informações relativas ao cumprimento foram consideradas benéficas em vários dos estudos”, disseram os pesquisadores. Auditoria foi visto como uma ferramenta eficaz para incentivar e acompanhar o cumprimento das questões de higienização da equipe, e ainda o fato destes trabalhadores serem informados sobre os resultados da auditoria foi importante para os trabalhadores da saúde.

Melhoria do conhecimento dos procedimentos de higiene de mão e acesso conveniente aos fornecimentos no local de atendimento também estavam ligados ao cumprimento.

No caso dos profissionais que lidam com alimentos para manter a cozinha saudável, o treinamento em relação aos procedimentos de limpeza deve ser rígido, devido ao fato de que os alimentos têm grande incidência de manipulação por parte de profissionais, e não há um ambiente para que estes possam ser descontaminados antes de lidarem com os ingredientes.

Ou seja, não há uma sala de descontaminação específica, portanto o treinamento deve ser ainda mais intenso e programado. Procedimentos básicos incluem ainda manter sempre as mãos limpas, lavá-las e deixar as bancadas de trabalho preparadas para receber os alimentos

De toda forma, tanto as infecções alimentares quanto as provocadas em áreas hospitalares são sempre desencadeadas por algum tipo de falha humana relacionada aos treinamentos e há necessidade das equipes em usar equipamentos de proteção adequados, ao mesmo tempo em que devem saber manipular escovas industriais que possam ser facilitadores do trabalho.

Quando o tema é treinamento em relação à limpeza, todos os segmentos da indústria são afetados e precisam incentivar suas equipes encontrando estratégias. De acordo com Sergio Pupkin, vice-presidente da Global Marketing at Diversey Care, as HAIs – Healthcare acquired infections ou Infecções adquiridas, somente na Europa 4, 1 milhões de pacientes adquirem HAI por anos.

E por mais incrível que possa parecer, ainda essa alta incidência de infecções passa pela higiene das mãos por parte do corpo médico e enfermagem, bem como de toda equipe de profissionais envolvidos no processo. Pupkin ressalta que as superfícies nas quais estes colaboradores trabalham transmitem uma gama imensa de patogenias, que acabam por contaminar as mãos do corpo médico. É lógico então que tais superfícies sejam limpas e mantidas em completa assepsia de forma a evitar um ciclo de contaminação.

Escovas para superfície de bancadas e a seleção do correto desinfectante são vitais, portanto escolher o essencial para o ciclo de limpeza é algo vital para proteger tanto os funcionários quanto pacientes contra doenças de todos níveis de complexidade.

O Ebola, por exemplo, demonstrou através da rapidez com que se espalhou globalmente como é importante a questão do treinamento em relação à higiene, bem como a prática segura em lidar com sangue e fluidos corporais. Ou ainda o treinamento das equipes de saúde de se comunicarem de forma a saberem exatamente a importância da assepsia de cada material e sua própria higiene.

De acordo com os estudos de Pupkin os desinfectantes mais eficientes devem conter ingredientes como AHP – Accelerated Hydrogen Peroxide com capacidade para combater tanto bactérias, viroses e fungos.

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Um estudo de três anos sobre os efeitos da lavagem das mãos sobre as doenças que reduzem provou que a prática realmente funciona.

O estudo, que envolveu 20.000 adultos, é o primeiro teste organizado em larga escala para confirmar que o aumento da lavagem das mãos leva a diminuir as taxas de infecção. Ele olhou para o impacto da lavagem das mãos sobre as taxas respiratórias agudas, do tipo influenza e doenças gastro-intestinal.

“Até este estudo não tinha sido realmente constatado se a lavagem das mãos tinha o impacto constatado com este trabalho”, disse o pesquisador-chefe Paul Little, professor de pesquisa em atenção primária da Universidade de Southampton, no Reino Unido. “Mas agora sabemos que sim, é um procedimento essencial”.

Durante o julgamento, um grupo de adultos tiveram acesso a materiais on-line pedindo-lhes sobre suas práticas de lavagem de mãos e fornecendo educação sobre a propagação de germes e vírus. Eles também deram a informação sobre os momentos mais importantes para lavar as mãos. Neste grupo houve de 15 a 25 por cento de redução em infecções em comparação com o grupo de controle. Estes grupos também precisaram de menos prescrições de antibióticos.

Porém, em paralelo ao treinamento de conscientização, os profissionais de saúde e todos que lidam com escovas industriais precisam compreender a importância de sua própria conduta de higiene e ainda saber aplicar seus conhecimentos de utilização das escovas nos mais diversos segmentos, do hospitalar ao agropecuário, passando pelo laboratorial e alimentício.

Esse é o desafio do setor de limpeza, manter seus colaboradores atualizados sobre as mais diversas indústrias, a partir de procedimentos culturalmente tão óbvios quanto o lavar das mãos. Destes gestos depende o controle de muitas doenças em todo mundo.

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