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Indústria de pró-bióticos e impactos na limpeza do processo de ordenha

Um relatório do Global Industry Analysis, do Transparency Market Research (TMR) demonstra os alimentos pró-bióticos apresentarão crescimento de 6,8% anualmente até 2018 o que equivaleria a US$ 44,9 bilhões em 3 anos.

No Brasil, pesquisas realizadas pela Embrapa embasam que é possível inclusive controlar a diabetes do tipo 2 com pró-bióticos fermentados à base de leite caprino.

Os pró-bióticos são definidos pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (WHO) como microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. No Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os pró-bióticos aprovados para aplicação em alimentos podem inserir alegação de propriedade funcional no rótulo do produto: “contribui para o equilíbrio da flora intestinal”.

O consumidor mundial de alimentos apresenta cada vez mais um comportamento voltado para produtos que demonstrem colaborar para saúde e bem-estar. Este deve ser o mote da indústria de laticínios e de alimentos de forma geral, em resposta ao consumo crescente dos tais pró-bióticos.

Escovas industriais para limpeza de coletores de leite serão essenciais no processamento do alimento para futuras pesquisas de microrganismos ideais para a indústria. Mas, o processo deve seguir determinada rotina, conforme pontua o Marcello A.R. Cembranelli, MSc. Médico Veterinário e Coordenador Operacional PMGG (Prefeitura Municipal de Campo Grande).

Composição para ordenha:

  1. Conjunto acoplado ao úbere, sendo toda a tubulação de vácuo, para evitar a entrada de ar;
  2. Tal conjunto funciona com 4 teteiras e o copo coletor;
  3. Recomenda-se a troca das teteiras a cada 180 a 200 ordenhas, período que também funciona para as mangueiras de vácuo e de leite.
  4. A limpeza precisa ocorrer diariamente de forma que elementos patógenos não atinjam o úbere.
  5. O sistema que transporta o leite das teteiras ao tanque resfriador: ele passa pelo coletor de leite, deste para uma tubulação em inox e dentro do tanque resfriador passará por um filtro descartável.

Por que a limpeza do coletor deve ser precisa?

O que ocorre é que o coletor está conectado tanto ao sistema de instalação quanto ao depósito de condensação. Também nele há uma dispositivo anti-espuma, além disso o depósito de condensação evita excesso de leite e de espuma no coletor. De acordo com o dr. Cebranelli, este recipiente deve ser de vidro, de forma que a limpeza possa ser realizada com soluções ácidas. É importante ressaltar também a capacitação para os ordenadores, ponto pouco comentado e que deve ser levado em conta também pelos produtores nacionais, como parte essencial no processo de limpeza e extração do leite.

As escovas para este segmento desempenham papel essencial para que sobras de leite, bactérias nocivas que possam por ventura se desenvolver e determinar impactos em todo o processo de coleta do produto.

É importante que o produtor fique atento aos diversos tipos de escovas industriais focados neste segmento: Escovas cilíndricas para lavar mangueira; Escova para lavar saída do tanque misturador; Escova para lavar coletor; Escova para misturar; Escova para teteira, entre outros exemplos. Todas desenhadas de forma que sua anatomia possa limpar extremidades, cantos e ângulos com eficiência, sem prejudicar o produto. São confeccionadas com cerdas em nylon e base em polipropileno, o que garante um material de fácil higienização, após a lavagem.

Dados de um estudo realizado em Wisconsin (EUA) demonstraram que ordenhadores treinados reduziram a taxa mensal de mastite, isso ainda em 2007, quando os Estados Unidos já detectavam a questão como de alta importância para a qualidade na produção de leite.

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Desafios e Inovações

Como bem alertou a FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em 2023 serão necessários 760 bilhões de litros ano para atender uma demanda global por leite, que aumentará para 900 bilhões de litros.

Segundo dados da AgriPoint Consultoria, em encontro sobre laticínios realizado em Uberlândia, 45% das inovações acontecem na Europa, seguida da Ásia (39%). Entre as empresas mais inovadoras em leite longa vida estão grandes grupos europeus, como Lactalis, Sodiaal e Nestlé, assim como empresas de mercados emergentes, entre elas a Lala, no México, e Murray Goulburn, na Austrália.

Produtos naturais, regionais ou orgânicos também vêm ganhando espaço. Outros segmentos customizados também são um nicho a ser melhor explorado pelos produtores e pela indústria, como leite para diabéticos, leite para necessidades específicas do público feminino, por exemplo.

As inovações podem ir além do produto e ainda serem de impacto positivo para o meio ambiente como:

  1. Conveniência (tampas, facilidade de abertura, uso permitido em micro-ondas);
  2. Interatividade (QR Codes e outros);
  3. Apelo ecológico (matéria-prima sustentável, com baixa pegada de carbono e maior porcentagem de material proveniente de fontes renováveis);
  4. “Premiumnização” (formatos inovadores para produtos premium);

5. “On the go”(embalagens individuais para consumo em movimento).

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