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Pesquisa mostra como reduzir em até 30% o consumo de água em sala de ordenha

Uma pesquisa que durou 18 meses, apontou como simples práticas podem ajudar a economizar até 30% do consumo de água. De acordo com a Embrapa Pecuária Sudeste (SP), o objetivo da pesquisa era poder quantificar e melhorar o consumo hídrico no processo de ordenha.

 

Os dados mostram que o maior consumo de água ocorre na limpeza das instalações. Em média, o consumo para a lavagem do piso é equivalente a 48%, em seguida o processo de ordenha e limpeza dos equipamentos consomem 37% e por último, apenas 10% da água utilizada é consumida pelo animal. A pesquisa teve início na Fazenda Canchim, em São Carlos, sede da Embrapa Pecuária Sudeste em maio de 2014. E para medir toda a quantidade consumida, foram instalados três hidrômetros com leituras diárias.

Desta forma foi possível observar como era utilizado o recurso, e segundo Júlio Palhares, pesquisador deste projeto, foi possível economizar cerca de 200 litros de água no processo de ordenha. Para desenvolver a pesquisa do Sistema de Produção de Leite, o pesquisador conta com 60 vacas em lactação que produzem cerca de 20 kg de leite ao dia. Existem diversas maneiras para poder alcançar este objetivo, como raspagem do piso, uso de água sob pressão, troca da mangueira de fluxo contínuo por um modelo de fluxo controlado, manutenção do piso e o programa de detecção de vazamentos são alguns exemplos das medidas que podem ajudar na economia do recurso sem precisar de muito investimento. O agricultor ainda pode optar pela reutilização de água para lavagem da sala de ordenha para fertirrigação, instalação de hidrômetros e sistema para captação da água da chuva. A Weinberger trabalha com as melhores escovas manuais torcidas em arames galvanizados, ou em base em polipropileno com cerdas em nylon para lavagem de máquinas ordenhadeiras, tanques resfriadores, baldes de leite, bicos, mangueiras de transferências, que ajuda na limpeza das salas de ordenhas e reduzindo o consumo de água. 

A Fazenda Angridus, que fica em Descalvado, um município a 250 km de São Paulo, além de aderir a captação da água de chuva, também reutiliza a água da limpeza das salas de ordenha. Segundo o proprietário Roberto Jank, é possível economizar cerca de 30% do recurso.  “Utilizamos, aproximadamente, 10 litros de água por litro de leite, porém com 100% de reuso em irrigação de alimentos que retornam ao gado”, comenta Jank.  

Toda a água utilizada na limpeza dos confinamentos de vacas, novilhos e bezerras é captada e passa por um processo de peneira, retirando todo o esterco sólido, logo depois vai para lagoas de tratamento, com retenção por cerca de 20 dias, para a seguir fertirrigar uma área de agricultura e capim, tudo voltado para a alimentação do animal. Todo a lamina de água e os nutrientes aplicados são monitorados diariamente.

Outro exemplo é o do produtor João Saldanha, de São Carlos, também interior de São Paulo. Com uma simples medida, ele alega que economizou cerca de 60 mil litros d’água ao mês. Para isso, ele deixou de lavar a sala de ordenha e o local de espera dos animais diariamente com água, raspando a sujeira todos os dias e a lavagem esporadicamente. E em 2016 a ideia é ampliar a sustentabilidade. Segundo João, serão instaladas calhas para a captação de água pluvial e placas para aquecimento solar, assim é possível esquentar a água que era utilizada na limpeza dos equipamentos.

Uma das ações que a Embrapa recomenda é a instalação de hidrômetros para monitorar a ingestão pelos animais e o gasto geral de água. Outra recomendação para os agricultores é evitar que o animal beba água dos rios, córregos, lagos de forma direta, evitando a contaminação.

 

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